O sétimo dia da criação: Noé ST/VE: a irreversível crise, no sétimo dia da criação, do grande mercado global – Dilúvio: grave, generalizada e prolongada convulsão social

Tempo de leitura: menos de 1 minuto

Livro: Teoria da História (p.244-252) www.tribodossantos.com.br

     Na teoria da genealogia de Adão, o signo “Noé” representa o longo, grave e irreversível período de depressão que afetou o grande mercado global pré-diluviano ou Pré-II Período Intermediário, por volta de 1788 a.C. e se estendeu até 1580 a.C. (tendo como parâmetro a ascensão e a queda do Médio Império Egípcio). Ou seja, a depressão Noé perdurou por mais de dois séculos. Pouco depois do período de depressão haver se iniciado, as contradições geradas pelo mercado se agravaram numa catastrófica convulsão social generalizada (dilúvio), que afetou todos os mercados regionais, e acompanhou o definhamento do grande mercado global Lamec até à consumação deste. Na teoria da genealogia de Adão, o signo “dilúvio(= II Período Intermediário) representa a igualmente longa e grave catastrófica convulsão social acima citada.

    O grande mercado global Lamec correspondeu, por um aspecto, ao limite da intensificação da exploração do trabalho social humano, e mais especificamente das forças produtivas. Trabalho social e forças produtivas consistem em aspectos do fator determinante básico subjacente a toda sócio-história. Fator esse que o elaborador da Teoria da História em apreço conceitua como sendo o Criador (Trabalho Natura-Social).

    O trabalho social e as respectivas forças produtivas humanas foram criados como extensão do trabalho que se opera na natureza. O elaborador da Teoria da História em tela concebe, portanto, a noção de Trabalho Natural-Social, no sentido da noção de “Criador de todas as coisas” ou simplesmente Deus Criador. Este, o Criador de todas as coisas, ao chegar ao limite intransponível da capacidade de ser explorado, esgota suas energias e entra em processo de repouso ou descanso. Este processo é o aspecto básico que o elaborador da referida teoria atribui à longa, grave e irreversível fase de depressão Noé atinente ao grande mercado global em tela. E, dão-lhe por nome as noções de “Repouso” (ou de “Descanso”), que ao ser traduzido para o hebraico assume a forma Noah, e em português, “Noé”.[1] Enquanto Repouso ou Noé, esta entidade e este nome têm a conotação e respectiva função de “Consolador”.[2] Aquilo que Noé (Repouso) “consola” ou “alivia” são as extenuadas forças produtivas humanas, e o trabalho exercido pela natureza. Enfim, é o próprio Deus Criador que “descansa do seu trabalho, no sétimo e derradeiro dia de toda a sua criação”:

   “Assim foram acabados os céus, a terra e todo o seu exército. Tendo Deus terminado no sétimo dia a obra que tinha feito, descansou do seu trabalho. Ele abençoou o sétimo dia e o consagrou, porque nesse dia repousara de toda a obra da criação. Tal é a história da criação dos céus e da terra (os grifos em negrito são nossos)“. (Cf. Gn 2, 1-4-a).

    O período Noé de depressão e sua intensidade afetaram, diferentemente, cada um dos mercados regionais que integravam o grande mercado global. Este havia desenvolvido, gradativamente, dois explosivos fenômenos sociais:

  1. Grande concentração de riqueza, poder e cultura possuída por poucos, e uma massa enorme de pessoas na mais extrema miséria, barbaramente subjugadas, alienada e desapossada de cultura;
  2. Um vertiginoso aumento populacional, concentrado no interior e nas periferias das cidades, sobretudo decorrente do êxodo rural para as cidades, mas também devido ao aumento vegetativa da população citadina. Estes dois fenômenos propiciados pelo grande mercado global encontram analogia na atualidade, resguardando-se ao devidas proporções.

    A depressão prolongada, grave e irreversível pode ser constatada por volta de 1788 a.C., com o fim da XII Dinastia, e respectivo Médio Império Egípcio. Mas, essa data marca apenas o auge da crise depressiva, pois certamente ela começou bem antes desta data. Situação semelhante ocorrera em outros mercados regionais. Na Mesopotâmia, o mercado regional então gerenciado pelo império dos antigos babilônios foi dizimado pelos cassitas, cerca de 1750 a.C. Esta data marca o auge da crise, que certamente teve início bem antes. Isto pode ser notado, conforme vimos anteriormente, com a partida da cidade de Ur das tribos famintas lideradas por Taré, Abraão e Lot, Já aproximadamente em 1800 a.C. Esta data pode ser atribuída, também, ao efetivo início da recessão que afetou o mercado regional constituído pela Fenícia, Canaã e Síria, por onde a tribo de Abraão e outros tantos grupo famintos peregrinavam e guerreavam entre si.

  1. O 2º LAMEC, O SEU FILHO NOÉ E A DIVISÃO TRIPARTITE DO MERCADO GLOBAL: SEM, CAM E JAFET

    Algum tempo após o início da depressão Noé e antes do esfacelamento diluviano, o grande mercado global já mostrava apenas alguns indícios de sua gradual e ulterior fragmentação em três grandes mercados. Indícios estes representados no nascimento dos três filhos de Noé (Cf, Gn 5, 32): signo “Sem”: Mesopotâmia, elamitas, assírios, arameus e os antepassados dos hebreus e adjacências; signo “Cam”: os países do Sul: Egito, Etiópia, Arábia e adjacências; signo “Jafet”: Ásia Menor e as ilhas e costas do Mediterrâneo.[3]

2.1. O início da fragmentação tripartite do mercado global pré e pós-diluviano

    O contexto inicial do agravamento da recessão seguida de depressão e da fragmentação do grande mercado global pré-diluviano é homólogo ao que hoje se desponta para nós. Vimos a formação e ascensão da fase da bipolarização (relações totêmicas) do sistema capitalista de produção global (os “dois chifres  da besta que sobe da terra”). Ou seja, dois polos extremos, opostos e complementares entre si: de um lado, os Estados Unidos, isto é, a hegemonia da burguesia operando como o seu capital privado, e de outro lado, a União Soviética, isto é, a hegemonia do corpo burocrático do Estado operando com o capitalismo de Estado. Esse quadro se homologava, de modo escalonado, em cada nação, com maior ou menor hegemonia, de um ou de outro lado.

    Após o encerramento do quadro acima indicado, vimos a ascensão da hegemonia unilateral dos Estados Unidos. Hoje, os economistas, políticos e empresários espertos em economia-política internacional fazem prognósticos, diante do evento do início da queda da hegemonia unilateral norte americana. Queda esta decorrente da recessão econômica internacional observada, em meados de 2008, a qual partira dos Estados Unidos. Esses observadores espertos especulam acerca dos novos rumos da macroeconomia e da política internacional, e acerca das formas como a crise pode afetar cada unidade nacional e os âmbitos macrorregionais. Eles avaliam, ainda, as formas possíveis dessas nações, macrorregiões e mesmo uma ação articulada globalmente reagirem diante da crise. Na prática, os poderosos grupos de interesses multinacionais e locais vêm empreendendo medidas paliativas, visando salvaguardarem seus respectivos interesses. Entre os diversos prognósticos elaborados e apresentados, acerca da fase ulterior à queda da hegemonia unilateral que o império norte americano vem exercendo sobre o grande mercado global, podemos constatar aquele que focalizou a fragmentação desse grande mercado. Fragmentação esta que os observadores espertos rotularam, por um aspecto, de multipolar (três, quatro, cinco ou mais polos de mercados macrorregionais hegemônicos a nível mundial), e por outro aspecto, de multibilateral (múltiplos mercados macrorregionais, cada qual bipolarizado).[4] Essas preocupações que rondam os pensamentos desses observadores são fortes indícios, da proximidade da concretização da fragmentação do grande mercado global pós-diluviano prevista na Teoria da História.

    Outro indício do processo de fragmentação tripartite pode ser notado, no atual contexto da depressão Noé, nas “aspirações estratégicas” de alguns membros de elites nacionalistas, a exemplo de Guimarães, S. P. Aspirações estas expostas em seu livro Desafios Brasileiros na Era dos Gigantes. [5] O livro todo expõe uma análise lúcida acerca da realidade nacional brasileira no cenário mundial. Por outro aspecto, ele expõe, também, as perspectivas e aspirações de determinado setor progressista e nacionalista das elites brasileiras. À primeira vista, as aludidas aspirações aparentam um singelo otimismo nacionalista. Nacionalismo acrescido de determinadas aspirações “estratégicas” relativamente recentes, por exemplo: “O centro dessas estratégias deve ser a construção paciente, persistente e gradual da união da América do sul e uma recusa firme e serena de políticas que submetam a região aos interesses estratégicos dos Estados unidos. O MERCOSUL é um instrumento essencial para atingir esse objetivo …” As recentes aspirações “estratégicas” de um mercado sul-americano bem integrado e também soberano em relação à hegemonia em escala global exercida pelos Estados Unidos expressam, na realidade, alguns dos primeiros indícios da tendência para a fragmentação tripartite do grande mercado global Lamec contemporâneo. Pois, a regressão Noé desse grande mercado global Lamec teve início nas décadas 70-80, e já se faz manifestar desse modo.

    O autor da Teoria da História prevê, diante do grave e irreversível quadro da depressão Noé do grande mercado global, a fragmentação tripartite deste grande mercado. Pois, conforme ocorrera na fase pré-diluviana, o grande mercado global fragmentara-se em três grandes configurações espaciais: Sem, Cam e Jafet. O referido autor explica a crise Noé como decorrente do esgotamento e consequente “repouso” ou “descanso” – eis o significado do símbolo “Noé” – das forças produtivas. Assim, “Noé” é o nome que ele atribui à fase de depressão grave e irreversível do grande mercado global, que ocorre quando este grande mercado chega ao seu limite de expansão, e o indivíduo ao limite da alienação.

    Na base do processo de expansão e complexão do grande mercado, podemos observar dois aspectos relevantes. Por um aspecto, está o processo de incrementação da exploração dirigida pelas elites dominante, sobre o Trabalho Natural-Social, isto é, o Criador de todas as coisas. O qual pode ser pensado como sendo as forças do trabalho humano e as forças do trabalho exercido pela natureza. Incrementação da exploração essa que corresponde à intensificação da capacidade do exercício dessas forças. Por outro aspecto, está o processo de complexidade da divisão social do trabalho (cooperação), que contribui para a exploração e respectiva intensificação das potencialidades das forças de trabalho humano.

    As elites dominantes são as dirigentes da exacerbada e descabida incrementação da exploração e respectiva intensificação das potencialidades acima citadas. Elas procedem desse modo, objetivando o aumento da produtividade, o respectivo consumo privilegiado, e os concernentes lucros auferidos com o mercantilizar da respectiva produção. Além da coerção física, elas empregam, necessariamente, meios ideológicos. Ou seja, elas disseminam seus padrões de valor, através da mídia que detêm e controlam, para os demais estratos sociais passando pelas classes médias até às camadas mais baixas e miseráveis. Desse modo, as elites dominantes induzem os indivíduos a atuarem no sentido de aderirem e se empenharem, com suas respectivas forças de trabalho, no processo insaciável tanto de sobretrabalho como de sobreconsumo.  Em outros termos, as elites dominantes induzem os indivíduos a realizarem dispêndio supérfluo (conspícuo) de energias, e consumo também conspícuo de produtos.  É óbvio que a realização do sobreconsumo pode não corresponder às expectativas esperadas, segundo o quanto de energia que o indivíduo tenha aplicado, diligentemente, no exercício do seu sobretrabalho. Ou pode se realizar de modo precário, e assim exigir, insaciavelmente, maior dispêndio de energia. Isto acontece, notadamente, entre os indivíduos membros dos seguimentos pobres trabalhadores, mas afeta, também, os indivíduos membros dos estratos médios.[6]

    Os indivíduos membros das elites dominantes ou “classes ociosas” (que ocupam o topo da estrutura social) estão com o espírito do capitalismo (Cf. Weber, M. “A ética protestante e o espírito do capitalismo”, p. 4-5, 39, 54-58) neles inculcado. Assim, eles atuam baseados em cálculos metódicos, acompanhados de agonizante ânsia, voltados para a realização de insaciáveis lucros, acumulação de riqueza e de poder. Os seus cálculos metódicos levam em consideração “a vida de ócio ostensivo, a qual deve ser corretamente conduzida”.  Eles empregam, de modo sistemático e massificado, a mídia, para exaltar e disseminar seus padrões de valor, que são essencialmente consumistas, e que valorizam, também, o sobretrabalho como meio necessário para a realização do sobreconsumo. Neste sentido, eles forjaram o “sonho americano” do “consumo conspícuo”. Veblen observou e descreveu, claramente, o empenho exercido pela “classe ociosa”, no sentido de influenciar, coercitivamente, que seus padrões de valor fossem inculcados nos indivíduos membros das camadas médias e inferiores:[7]

    “A classe ociosa está no topo da estrutura social em matéria de consideração; e seu modo de vida, mais os seus padrões de valor, proporcionam à comunidade as normas de boa reputação. A observância desses padrões, em certa medida torna-se também incumbência de todas as classes inferiores da escala. Nas modernas comunidades civilizadas, as linhas de demarcação entre as classes sociais se tornaram vagas e transitórias, e onde quer que isso ocorra, a norma da boa reputação imposta pela classe superior estende a sua influência coercitiva, com ligeiros entraves, por toda a estrutura social, até atingir as camadas mais baixas. O resultado é os membros de cada camada aceitarem como ideal de decência o esquema de vida em voga na camada mais alta logo acima dela, ou dirigem as suas energias a fim de viverem segundo aquele ideal. Sob pena de perder seu bom nome e respeito próprio em caso de fracasso, devem eles pelo menos na aparência, conformar-se com o código aceito”.

    O sonho americano do consumo conspícuo foi difundido pela rede global de mercado e respectivas trocas simbólicas ou culturais. O sobretrabalho indispensável para a realização do “sonho americano” e o respectivo consumo conspícuo precipitaram tanto o esgotamento das forças de trabalho como a degradação (exploração) do meio ambiente. Esse esgotamento vem se refletindo nos indivíduos, suscitando neles o ceticismo com referência aos valores ainda eleitos e disseminados, sistemática e de modo massificado, pelas elites, sobretudo através dos meios de comunicação. Estando as forças de trabalho humano e natural esgotadas, elas exigem repouso (Noé) para si. Esse fenômeno sócio-ecológico ocorre, precisamente, quando o processo de expansão e complexão do grande mercado global Lamec atinge os seus limites. Limites estes alcançados nas décadas 70-80 do século passado, quando o grande mercado global chegou ao seu ápice.

    O sobretrabalho e respectivo consumo conspícuo consistem, por um aspecto, em exemplos de eventos sócio-históricos atinentes ao processo de expansão e complexão do grande mercado. Assim, esses exemplos de eventos sócio-históricos se inserem na sócio-história concebida pela perspectiva da muito longa duração. Por outro aspecto tal expansão e complexão se manifestam no campo geográfico. Milton Santos houvera observado que o transcurso sócio-histórico deve levar em consideração tanto a escala de espaço como a escala de tempo. Ele afirmava ser uma ilusão supor que uma sociedade inteira funcionasse segundo uma única unidade de tempo. Senão, vejamos:[8]

    “Espaço atual e tempo atual se completam, mas também estão em contradição. De outra maneira não poderiam evoluir. Somente a partir da unidade do espaço e do tempo, das formas e do seu conteúdo, é que se podem interpretar as diversas modalidades de organização espacial. Para tanto, é necessário levar em conta dois dados que são deixados muito frequentemente de lado nos estudos geográficos. Muito se fala da escala do espaço e jamais na escala do tempo. Ora, a palavra, mesmo tratando-se do espaço tem um conteúdo temporal. Em segundo lugar, o tempo é tomado como algo de maciço, uno, apenas fisicamente divisível, o tempo do relógio. E quando se fala de tempo social é frequente a ilusão de pensar que uma sociedade inteira funciona segundo uma única medida de tempo”.
O presente Artigo consta no livro de Machado, F. A. Teoria da História – Do grande mercado global pré-diluviano ao grande mercado global contemporâneo, p.237-242.

Bibliografia

GUIMARÃES, Samuel Pinheiro. Desafios Brasileiros na Era dos Gigantes. 1ª Edição, Contraponto Editora Ltda. Rio de Janeiro, 2006.

MACHADO, Francisco Alves. Teoria da História – Do grande mercado global pré-diluviano ao grande mercado global contemporâneo – Explicações acerca do texto para teatro Tribo dos Santos. 1ª Edição, Edição do Autor, Rio de Janeiro, 2010.

SANTOS, Milton. Espaço e Sociedade. Editora Vozes, Petrópolis-RJ, 1979.

VEBLEN, Thorstein. A Teoria da Classe Ociosa (Um estudo econômico das instituições). Livraria Pioneira Editora, São Paulo, 1965.

Bíblias Sagradas – Dicionários – Comentários

BÍBLIA SAGRADA (Ave Maria). Tradução dos originais mediante a versão dos Monges de Maredsous

(Bélgica), pelo Centro Bíblico Católico. 89ª edição, Editora “Ave Maria” Ltda., São Paulo, edição

Claretiana, 1993.

BÍBLIA DE JERUSALÉM. Tradução das introduções e notas de La Bible de Jerusalém, edição de 1998. 2ª impressão, 2003, Editora Paulus, São Paulo, 2002.

BÍBLIA SAGRADA. Tradução do Padre Antônio Pereira de Figueiredo, com notas e um completo Dicionário Prático, por Mons. José Alberto L. de Castro Pinto, Edição Barsa, Rio de Janeiro, 1971.

SEMINÁRIO INTERNACIONAL: Crise: rumos e verdades, WWW.crise,pr.gov.br

[1]. Vejam o esclarecimento fornecido por exegeta, na Bíblia “Ave Maria”, no rodapé da p. 53, referente ao Gn 5, 28.

[2]. Cf. Dicionário Prático, p. 192, adendo à Bíblia Sagrada traduzida pelo padre Antônio Ferreira de Figueiredo; Cf. esclarecimento fornecido por exegeta, na Bíblia de Jerusalém, no rodapé da p. 41, item “c”, referente ao Gn 5, 28.

[3].  Cf. esclarecimento fornecido por exegeta, na Bíblia de Jerusalém, no rodapé da p. 47, item “a”, referente ao Gn 10, 1.

[4]. Cf. Seminário internacional: Crise: rumos e verdades, www.crise.pr.gov.br

[5]. Guimarães, S. P. Desafios Brasileiros na Era dos Gigantes, p. 406.

[6]. Cf. Veblen, T. A teoria da classe ociosa, p. 86-89.

[7]. Idem, p. 87.

[8] Santos, M. Espaço e Sociedade, p. 43.